Ato da direita radical israelense pedia demolição de casas árabes. Palestinos lançaram pedras contra policiais e atearam fogo a pneus.
Pelo menos cinco palestinos ficaram feridos na manhã do domingo de 25 de abril, nos confrontos entre a polícia e os moradores do bairro árabe de Silwan, em Jerusalém Oriental, durante uma passeata de colonos judeus de extrema direita.
A manifestação, convocada pela direita radical israelense para exigir a demolição de casas árabes nesse bairro, iniciou no começo da manhã e se prolongou até depois do meio-dia.
Hussein Sian, líder local de Silwan, declarou à emissora "A Voz da Palestina" que cinco pessoas ficaram feridas durante os distúrbios, e a agência de notícias palestina "Ma'an" informou que entre eles havia um médico.
Com a cabeça coberta, jovens palestinos jogam pedras contra forças de segurança israelenses durante manifestação da direita radical em Jerusalém neste domingo (25) (Foto: Sebastian Scheiner / AP)
As forças de segurança israelenses cercaram a região para impedir o acesso de palestinos moradores do bairro ao local.
Não conseguiram evitar, no entanto, que dezenas de moradores fechassem o principal acesso ao bairro e impedissem o avanço dos manifestantes, que conseguiram percorrer 500 metros.
Alguns jovens palestinos entraram em confronto com as forças de segurança, lançaram pedras e atearam fogo em pneus.
Outros observavam a confusão do terraço de suas casas, batendo panelas e gritando frases, como "É preciso pôr fim às colônias (judias) em Silwan", "Sacrificaremos nosso coração e nossa alma por ti, Silwan", e "Alahu Akbar" (Alá é grande).
Cerca de 50 ativistas da esquerda israelense foram para a região protestar contra o ato, que classificaram de "fascista".
"Episódios como este têm se repetido em Silwan e em outras áreas dos territórios ocupados e fazem parte da política de Israel como Estado sionista e colonizador, agressor e selvagem", disse à agência Efe Mohamad Yabalah, membro do Comitê para Assuntos de Jerusalém da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
O porta-voz da Polícia israelense, Miki Ronsenfeld, no entanto, negou à Agência Efe que o protesto tenha deixado feridos.
"Cerca de 40 pessoas participaram da manifestação que transcorreu com normalidade", assinalou o porta-voz, quem acrescentou que "70 agentes da Polícia fizeram a segurança para evitar incidentes.
Noticia retirada do site G1. Episódios como esse são freqüentes de acontecer na palestina e não para, ate quando isso vai continuar?
por Nayara Viana Dias
domingo, 25 de abril de 2010
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