domingo, 11 de julho de 2010

O Brasil no Haiti


Os primeiros militares do Brasil começaram a desembarcar no Haiti no final de maio de 2004 e em julho assumiram o comando das forças de paz da ONU. Os governo brasileiro vem afirmando que o envio dos 1.200 homens têm por objetivo promover a reconcialização política do Haiti, devolver a paz à região e promover a sua reconstrução econômica.

Porém, por trás desse gesto humanitário encontram-se interesses políticos: o Brasil deseja conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, órgão encarregado, entre outras coisas de discutir questões de guerra. Por isso, estar no Haiti significa demonstrar à ONU a capacidade do Brasil de lidar com questões dessa grandeza.

O atual Conselho de Segurança é formado por apenas 15 membros, cinco permanentes (EUA, França, Inglaterra, Rússia e China) e dez rotativos, que se revezam a cada dois anos. Os membros permanentes têm o poder veto, ou seja, o voto de um único país pode derrubar qualquer discussão aprovada pelos demais integrantes do Conselho.

O órgão está para passar por uma reforma e estuda-se aumentar para 11 o número de membros permanentes. O governo brasileiro, que por nove vezes, já foi membro rotativo, deseja agora ocupar uma dessas seis novas vagas que poderão ser criadas, com o objetivo de se tornar o primeiro representante da América Latina nesse seleto grupo.

por Nayara Viana Dias

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